sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Rolha X Screwcap? Uma questão sustentável.


Durante décadas, as rolhas feitas de cortiça foi o método mais eficaz para impedir a entrada de oxigênio em um vinho, evitando assim sua degradação (processo de oxidação, na qual o álcool se transforma em vinagre). Porém, essa alternativa natural e de alto custo sempre rendeu graves transtornos ao bolso e a boca.

A rolha de cortiça é uma estrutura celular composta alvéolos de ar, ou seja, produto susceptível a fungos e outros tipos de contaminação. O fungo mais comum que danifica a rolha e o vinho é o TCA (TriCloroAnisol), doença da rolha que faz com que o vinho se torne “bouchonée”, apresentando fortes odores impossibilitando o consumo do líquido.

Em 2001, os produtores de vinhos da Nova Zelândia iniciaram um movimento sustentável e ecologicamente correto para a substituição da tradicional rolha de cortiça. Foram feitos inúmeros testes até o resultado final da rosca de metal, que posteriormente foi aprimorado na Austrália.

O uso da rosca de metal foi banalizado desde seu surgimento por questões mal aplicadas e mal discutidas sobre sua real eficácia e por falsos conceitos tradicionais de cultivo de vinho dentre as bodegas do velho mundo. Até que a França, um dos maiores produtores, exportadores e consumidores de vinhos do mundo, resolveu aderir à praticidade da Screwcap em seus vinhos brancos e tintos jovens. Logo, o universo do vinho começou a perceber a importância desse movimento e acordou para a sustentabilidade e cultivos orgânicos.

As Bodegas francesas Pessac-Leognan e Paul Pontallier quebraram padrões e tradições ao utilizar a tampa de rosca. Essa atitude revolucionou o mercado mundial de vinho, provando que a screwcap não altera a qualidade do vinho e sim mantêm de forma sustentável as características originais da uva sem alterar ou variar sabor do conteúdo original – o vinho.


Alguns dos benefícios da screwcap:

1.Elimina o risco de contaminação de TCA das rolhas;
2.Elimina a ameaça de uma oxidação;
3.Evita a alteração de sabores;
4.Permite o correto envelhecimento dos vinhos;
5.Permite uma vedação há longo prazo;
6.Facilita a estocagem vertical;
7.São resistentes a odores da adega;
8.As garrafas antigas não precisam se novamente capsulada;
9.Os vinhos podem ser armazenados por longos períodos;
10.São fáceis de abrir;
11.Não há necessidade de instrumento como saca-rolha;
12.Têm ótimo custo;
13.São sustentáveis, recicláveis e ecologicamente corretos.

Então vamos ao vinho:


A escolha da semana é um sul-africano orgânico, o AVONDALE RESERVA CHARDONNAY. Um vinho em pleno frescor, aromas tropicais (maracujá e abacaxi) e delicadas notas de caramelo e manteiga. Vinho aveludado na boca, com muita persistência e retrogosto floral. Excelente opção para nosso clima envolvente e caloroso.

E para fazer uma harmonização perfeita enogastronômica com esse “vinhão”, nada melhor do que um prato leve, saudável, perfumado e vegetariano, os MONTADITOS MEDITERRÂNEOS.


Vamos a Receita:

Ingredientes (4 pessoas)
2 Tomates maduros em rodelas
1 Berinjela em rodelas
1 Abobrinha em rodelas
Mussarela de búfala a gosto
Manjericão
Azeite a gosto
Sal e pimenta do reino a gosto

Como Fazer
Grelhe, separadamente, a berinjela, abobrinhas e os tomates.
Tempere com sal e pimenta do reino. Reserve.

Montar
Em um aro, coloque as rodelas de berinjelas, abobrinhas e tomates, intercalando com o azeite e as folhinhas de manjericão. Cubra com mussarela e leve ao forno para gratinar por 10mim.
Desenforme e sirva.

Ótima degustação e até a próxima!

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